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Análise: Sumioni: Demon Arts (PSN/PSVita)

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Obra de arte! Esse é o conceito que a produtora Acquire Corp procurou usar para compor o game Sumioni. Com umlayout lindo, e grandes ambições no que diz respeito ao gameplay, ele é um dos raros exemplos que tentam demonstrar a sensacional – e ainda dormente – capacidade do Vita. À primeira vista, o jogo promete uma experiência inovadora, além de recuperar o estilo side-scrolling que tanto gostamos. Porém, também sofre com algumas falhas grotescas que podem minar a sua diversão. Mas afinal, vale a pena deixar de lado as grandes produções e dar uma chance a esse título desconhecido? Acompanhe nossa matéria e descubra.
A produtora Acquire Corp é muito conhecida por produzir alguns títulos de peso no mundo dos games: Tenchu; Way of the Samurai e Shinobido são exemplos disso. Dessa vez, ela resolveu se aventurar no novo portátil da Sony.

Como vocês podem ver no vídeo acima, o game prometia novos conceitos muito bacanas, que se bem explorados, poderiam revelar uma ótima produção. O resultado? Bem, acho que os ninjas e samurais funcionam melhor.

Youkais, tinta e pancadaria

O jogo basicamente é daquele tipo para matar a saudade dos jogadores mais nostálgicos que gostam daquele estilo de ação side scroll 2D. Não se trata de uma grande produção, muito pelo contrário, tanto é que me arrisco a dizer que, mesmo após um ano do seu lançamento, muitos ainda nem o conhecem.
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Na trama, você assume o papel de Agura, um “inkdemon” convocado para salvar o Japão de um verdadeiro apocalipse. A história é bem simples e rasa, para não dizer clichê. O jogo é divido em 30 estágios, que se explorados de outra maneira, rendem novos caminhos, sendo possível inclusive destravar seis finais diferentes.
Controlar Agura é muito fácil, basta mover o Analógico e usar o touch ou o botão quadrado para atacar. Combinações muito interessantes e bonitas podem ser feitas, mas o fato é que você é obrigado a usar o ataque básico toda hora.
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Mas um dos fatores que fazem o jogo valer a pena, além do design, é a sua mecânica de desenho. Você pode, e deve desenhar plataformas para ajudar Agura a atravessar as fases e bloquear inimigos. À medida que usa essa habilidade, você consome tinta, que pode ser restaurada encontrando frascos pelo cenário ou deslizando o dedo freneticamente pelo painel traseiro do portátil.
Outra forma de usar a tinta é para usar magias. Ao apertar o botão L, o tempo para e você pode desenhar na tela usando os dedos, ao apertar novamente o botão L, tudo o que você desenhou se transforma em fogo. Essa habilidade é muito útil pois incinera hordas de uma vez. Se ao invés de desenhar, você pressionar em um determinado ponto e segurar, um raio cairá sobre o local. Recomendo usar esse ataque nas fortificações.
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Por fim, você também pode invocar “deuses de tinta”, verdadeiras criaturas místicas que o ajudarão muito em determinados momentos. Para chamá-los, você deve desenhar um símbolo na ordem em que ele aparece na tela, se feito com sucesso, a criatura aparecerá e vai te acompanhar por um tempo, atacando os inimigos e servindo de escudo.

Faltou empenho

Essas mecânicas, por si só, deveriam fazer do jogo um sucesso, pois o diferenciam de todo side-scrolling convencional. Infelizmente, as coisas não funcionam bem assim. Na minha humilde opinião, uma palavra define o motivo pelo qual o jogo não convence: desleixo.
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O título tinha tudo para dar certo, mas o seu caráter repetitivo estragou grande parte da diversão. Você tem sempre que fazer as mesmas coisas: atacar os inimigos, usar a tinta para avançar em determinados locais e enfrentar os chefes, que são praticamente idênticos. Essa é a premissa de grande parte dos jogos desse tipo, mas no caso de Sumioni, a repetição exagerada transforma a jogatina em uma tarefa, ao invés de um prazer.
É realmente triste ver isso acontecer. Em outros títulos, o que deixa a desejar são justamente problemas nas mecânicas e isso não está, nem de longe, presente em Sumioni. O problema aqui é falta de empenho da “equipe criativa” em adicionar conteúdos que condizem com a proposta inicial do game.

Lições para um futuro promissor?

É impossível olhar para o jogo e não lembrar da preciosidade chamada Okami. Ambos os jogos possuem a mecânica de “pincelar” na tela para usar magias. Infelizmente, o discreto jogo do Vita não chega aos pés da obra prima da Capcom.
No geral, Sumioni tem uma boa proposta. Pena que foi tão mal executada. Se a produtora pensou que apenas a “novidade” de pincelar a tela usando as funções do Vita seria suficiente para convencer o público gamer, errou feio. Se você é fã do gênero e quer se distrair com um jogo diferente, pode comprar sem medo. Agora, se não é, guarde os seus 20 Obamas para outra coisa.

Prós

  • Interessante proposta
  • Bom uso das funcionalidades do Vita
  • Layout muito bonito

Contras

  • Extremamente repetitivo
  • Fica sem graça com o tempo
  • Falta conteúdo
  • O desleixo da produtora estragou 50% do game
Sumioni: Demon Arts – PlayStation Network – Nota final: 7.0
Visual: 8,0  |  Som: 7.0  |  Jogabilidade: 6.0  |  Diversão: 7.0

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