Pular para o conteúdo

O Atlas revela ainda que um negro tem quase 2,7 vezes mais chance de ser morto

“São tantas formas de matar um preto

Que para alguns sua morte é justificada

Devia tá fazendo coisa errada

Se não era bandido, um dia ia ser

Por ser PRETO sua morte é defendida

O PRETO sempre merece morrer”.

A estrofe acima é do poeta e educador social Baticum Proletário, que atua na periferia de Fortaleza, no Ceará, preparando jovens – em quase sua totalidade negros – para enfrentar as dificuldades impostas pelo racismo estrutural no país.

É a partir da arte que Baticum consegue envolver a juventude em um projeto de fortalecimento dessa população ao promover batalhas de rimas, slams e saraus com temáticas que discutem os problemas sociais. Não por acaso, o tema mais explorado nas rimas, versos e prosas é a violência. De acordo com o mais recente Atlas da violência, em 201, os negros representavam 77% das vítimas de homicídios, quase 30 assassinatos por 100 mil habitantes, a maioria deles jovens.

O Atlas revela ainda que um negro tem quase 2,7 vezes mais chance de ser morto do que um branco, o que justifica o movimento de resistência crescente no Brasil

O uso de citação e de dados estatísticos nesse texto tem o objetivo de

a) ressaltar a importância da poesia para denunciar a morte de negros, que cresce a cada dia.

b) destacar o crescimento exponencial da temática do preconceito na produção literária no Brasil.

c) demonstrar o incremento no quantitativo de expressões artísticas na discussão de problemas sociais

d) evidenciar argumentos que reforçam a ideia de que os negros são vitimas em potencial da violência. RESPOSTA CORRETA

e) salientar o aumento da participação de jovens nos movimentos de resistência na área da cultura.

Marcações:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *