O jogo foi totalmente localizado para o português brasileiro, inclusive o título, sendo chamado por aqui de Sly Cooper: Viajantes do Tempo. Curioso para saber se a Sanzaru mandou bem com ele? Então confira o nosso review completo.
O retorno da Gangue Cooper
Sly 3 |
O último game da série foi Sly 3: Honor Among Thieves, lançado em 2007 para PlayStation 2. Ele ficou conhecido por trazer uma porção de minigames, multiplayer e um modo história muito bem trabalhado. Superá-lo foi uma tarefa muito difícil para a Sanzaru Games que, como dissemos, é uma novata na indústria. Em questão de imersividade ela não conseguiu mesmo ser superior ao trabalho feito pela Sucker Punch no terceiro título de Sly Cooper, mas chegou quase a igualá-la.
As Crônicas de Cooper: O Guaxinim, a Tartaruga e o Hipopótamo
Sly Cooper |
- Sly: Continua sendo o mais habilidoso da gangue, sendo que ele pode facilmente fugir de guardas ao correr rapidamente e ao escalar construções. Possui agora um menu de roupas que pode ser acessado pelo L2. Os disfarces, ao contrário do Sly 3, não permitem que você passe despercebido pelos guardas, mas cada um dá uma nova habilidade ao guaxinim, o que é muito mais interessante. Elas vão desde ser imune ao fogo até conseguir retardar o tempo. Os novos equipamentos comprados na RedeLadrão (em inglês era “ThiefNet”) não podem ser acessados apertando Select como antigamente, mas sim apertando algum outro botão, seja somente uma ou duas vezes. O único ponto negativo do “novo” Sly é que ele não pode correr quando está andando sob cordas.
- Bentley: A tartaruga agora pode não só usar dardos tranquilizantes, mas também bombas. Em um menu, o que seria o mesmo de roupas do Sly, você pode escolher se seus dardos e bombas serão explosivos, tranquilizantes, atordoantes ou elétricos. Seu ponto negativo é que ele não possui mais a habilidade de dar um salto triplo com a cadeira de rodas.
- Murray: Assim como Bentley e Sly, Murray também teu o seu menu de customização, o qual permite que escolhemos como serão os seus golpes – normais ou com fogo, por exemplo. Ele continua sendo forte o suficiente para enfrentar vários inimigos ao mesmo tempo. O ruim é que, no novo jogo, ele parece estar mais lento e alguns de seus golpes foram mudados de botão. O ataque aéreo era ativado clicando xis e depois quadrado, mas este último foi substituído pelo triângulo, o que gera um certo desconforto no início.
O trio inseparável |
A linhagem de ladrões
Tennessee Kid Cooper |
- Rioichi: O guaxinim é proveniente do Japão Feudal, em torno do ano de 1600. Ele é um ninja que pode facilmente se locomover de um ponto para outro num piscar de olhos.
- Tennessee Kid: O ladrão viveu no Velho Oeste, no final do século 19. Pode ser considerado o melhor de todos os ancestrais controláveis no game pois sua pistola pode matar vários inimigos ao mesmo tempo.
- Bob: Esse é apenas um apelido dado por Sly, pois seu nome verdadeiro é muito complicado. Foi o primeiro membro da linhagem dos Cooper e viveu na Era do Gelo, 10.000 anos antes de Cristo. Pode ser considerado mais forte do que Murray.
- Sir Galleth: O cavaleiro da Inglaterra Medieval (século 15) possui uma lança como bengala dos Cooper e, quando se prende em ganchos, pode facilmente escalar uma torre.
- Salim: Ancestral de Sly da antiga Arábia (início do ano 1100), foi o fundador dos famosos 40 ladrões. Está velho e cansado quando Sly vai o visitar, mas apesar de insistir em uma aposentadoria, precisa ajudar a Gangue Cooper pois seus amigos também estão encurralados. Sua habilidade é poder escalar rapidamente uma corda ou corrente.
Quanto mais, melhor
Tesouros bonitos, mas você irá demorar para completarsua coleção |
O esconderijo da Gangue Cooper também recebeu um “upgrade”. Ao invés de só ficarmos vendo os três ladrões e podermos acessar a RedeLadrão, agora podemos usar o L1 e o R1 para navegar pelo lugar. Nele encontramos: as roupas liberadas por Sly; a van da Gangue, que permite viajar para algum cenário anterior ou repetir uma missão; minigames, que são um fliperama e uma mesa de pingue-pongue e, por fim, os tesouros encontrados por Sly e seus ancestrais.
Murray não está dormindo, só está descansando os olhos |
Meu Brasil brasileiro
Bentley |
Em geral a dublagem está muito boa, principalmente a do Sly e a do Bentley. No início não suportei a voz do Murray, mas conforme eu ia jogando consegui me adaptar. As dos demais personagens também dispensam comentários, realmente o estúdio que ficou responsável por essa parte da localização brasileira está de parabéns.
Se você sente saudades dos bons jogos de PlayStation 2, não perca Sly Cooper: Viajantes do Tempo. E caso você tenha um PSVita, aí tem mais um motivo para a aquisição: você compra o game do console de mesa e ganha gratuitamente a versão do portátil. Apesar de ser o mesmo jogo, no Vita podemos continuar o save do de PS3 em qualquer lugar (e é de graça também, não tem do que reclamar).
Prós
- Uma volta triunfante da franquia Sly Cooper e história muito bem contada;
- Diversas novas habilidades para os protagonistas;
- Possibilidade de controlar Carmelita no modo história;
- Ideia de ancestrais Cooper jogáveis foi excelente;
- A adição de colecionáveis, aumentando a longevidade do game;
- Melhoria em diversos aspectos, como o esconderijo;
- Dublagem e legendas em PT/BR.
Contras
- Falta de multiplayer local, como teve em Sly 3;
- Não houve a mesma diversidade que o jogo antecessor trouxe;
- Algumas habilidades foram retiradas dos protagonistas;
- Erros na sincronização de dublagem e legendas;
- História curta e fácil.
Sly Cooper: Viajantes do Tempo – PlayStation 3 – Nota: 8.5